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Capital de identidade

  • drivandorjpsicolog
  • 25 de jun. de 2024
  • 4 min de leitura

A história, descrita a seguir, descreve a trajetória de construção do capital de identidade de um dos expoentes da psicologia.


"Erik Salomonsen era um menino alemão de cabelos loiros com uma mãe de cabelos escuros e um pai que nunca conheceu. Em seu terceiro aniversário, a mãe casou-se com um pediatra local que o adotou, tornando-o Erik Homburger. Eles o educaram de acordo com a tradição judaica. Na sinagoga, caçoavam do menino por ter cabelos claros. Na escola, por ser judeu. Erik costumava se sentir confuso sobre quem ele era.


Após o ensino médio, Erik esperava tornar-se um artista. Viajou pela Europa, fazendo cursos de artes e às vezes dormindo embaixo de pontes. Aos 25 anos, retornou à Alemanha e trabalhou como professor de artes. Estudou pedagogia montessoriana, casou-se e iniciou uma família. Após dar aulas para os filhos de psicanalistas bastante conhecidos, Erik foi analisado pela filha de Sigmund Freud, Anna, e em seguida se formou em psicanálise.


Aos 30, Erik mudou-se com a família para os Estados Unidos, onde se tornou um psicanalista famoso e teórico do desenvolvimento. Lecionou em Harvard, Yale e Berkeley e escreveu vários livros antes de ganhar o Prêmio Pulitzer.

Como reflexo do sentimento de não ter tido um pai e de ter vencido pelos próprios esforços, mudou o nome para Erik Erikson, que significa “Erik, filho de si mesmo”. Ele é mais conhecido por ter criado o termo “crise de identidade” em 1950.


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Embora fosse um produto do século XX, Erikson viveu a vida de um homem do século XXI. Cresceu numa família miscigenada. Enfrentou questões de identidade cultural. Passou a adolescência e os 20 anos em busca de si mesmo. Numa época em que os papéis dos adultos eram previsíveis, as experiências de Erikson permitiram que ele imaginasse que uma crise de identidade era a norma, ou ao menos deveria ser.


Achava que uma identidade verdadeira e autêntica não deveria ser precipitada e defendia um período de procrastinação. Período esse em que os jovens pudessem explorar com segurança, sem riscos ou obrigações reais. Para alguns, esse período era a faculdade. Para outros, como Erikson, uma jornada pessoal.Em ambos os casos, ele enfatizou a importância de desenvolver o próprio potencial.


Erik Erikson, agora literalmente “filho de si mesmo”, achava que todos deveriam criar a própria vida. Sim, ele viajou sem destino e dormiu embaixo de pontes. Essa é metade da história. O que mais ele fez? Aos 25 anos, deu aula de artes e estudou pedagogia. Aos 26, iniciou sua formação psicanalítica e conheceu algumas pessoas influentes.


Aos 30 anos, obteve o diploma de psicanalista e iniciou carreira como professor, analista, escritor e teórico. Erikson passou parte da juventude tendo uma crise de identidade, mas no percurso também foi adquirindo o que os sociólogos denominam capital de identidade.Capital de identidade é nossa coleção de bens pessoais. É o repertório de recursos individuais que reunimos com o tempo. São os investimentos em nós mesmos, as coisas que fazemos muito bem que se tornam parte de quem somos.


Uma parcela de sua formação vai para o currículo, como diplomas, empregos, notas em provas. Outra parte é mais pessoal, por exemplo, como falamos, de onde somos, como resolvemos problemas, qual a nossa aparência.


O capital de identidade é como construímos a nós mesmos ao longo do tempo. Mais importante, ele é o que levamos ao mercado adulto. É a moeda que usamos para metaforicamente comprar empregos, relacionamentos e outras coisas que quisermos. Pesquisadores examinaram de que forma as pessoas resolvem as crises de identidade e descobriram que vidas que são só capital, sem crises, parecem rígidas e convencionais. Por outro lado, mais crise do que capital também constitui um problema.


À medida que o conceito de crise de identidade se popularizou nos Estados Unidos, o próprio Erikson condenou o fato de se passar tempo demais em “confusão despropositada”. Ele se preocupava com o fato de muitos jovens correrem o “risco de se tornarem irrelevantes”.


Pessoas em seus 20 anos que aproveitam o tempo para explorar o mundo e também têm coragem de assumir compromissos ao longo do caminho desenvolve uma identidade mais forte, além de possuírem mais autoestima e serem mais perseverantes e realistas.Esse caminho para a identidade está associado a uma série de resultados positivos, incluindo uma percepção mais clara do eu, maior satisfação com a vida, melhor controle do estresse, raciocínio mais apurado e resistência à conformidade".


Fonte: Por M. P. Apud Meg Jay - "A Idade Decisiva"



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